quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma imagem vale mais...

Não há nada pior para ver como estamos do que uma foto 3 X 4. As fotos inteiras mostram se você está gordo ou magro, se é alto ou baixo, mas a foto 3 X 4 mostra mais que a imagem chapada num fundo monocromático.

Tirei uma foto 3 X 4 hoje. E imprimi uma foto antiga no mesmo formato. Dez anos de diferença podem mostrar as rugas que não tínhamos ou não percebíamos e a felicidade e a leveza que já tivemos e não reconhecemos mais em nós.

Me senti assim vendo as duas fotos, lado a lado, naquele ‘albinho’ que a gente ganha na loja. Antes leve, agora pesada. Antes nova, agora com rugas. Antes o sol, agora nuvem. Antes esperança, agora realidade.

E pegando as outras fotos, de muitas épocas, numa cronologia cheia de lacunas, vejo a mim mesma em várias fases, em muitos sonhos, em muitos projetos que ficaram pelo caminho.

Uma cicatriz no rosto que não existia nas imagens de antes. Cicatrizes que não aparecem, mas que vão se acumulando, foto a foto.

É assim que me sinto hoje: com um sorriso discreto no canto da boca; não a gargalhada aberta, que ri o corpo todo. A sobrancelha arqueada, numa expectativa; contra a testa sem rugas, corajosa. O cabelo brilhoso versus uma nova tonalidade. O tempo que passa, mesmo em três por quatro.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Em homenagem a Thiaguinho e ao Carnaval... :-)

Cala a boca menino
(Capiba)

Sempre ouvi dizer que numa mulher
Não se bate nem com uma flor
Loira ou morena, não importa a cor
Não se bate nem com uma flor.

Já se acabou o tempo
Que a mulher só dizia então:
- Chô galinha, cala a boca menino
- Ai, ai, não me dê mais não

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Bloco do Prazer (Moraes Moreira)

Pra libertar meu coração
Eu quero muito mais
Que o som da marcha lenta
Eu quero um novo balancê
E o bloco do prazer
Que a multidão comenta
Não quero oito e nem oitenta
Eu quero o bloco do prazer
E quem não vai querer?

Mamã mamãe eu quero sim
Quero ser mandarim
Cheirando gasolina
Na fina flor do meu jardim
Assim como carmim
Da boca das meninas
Que a vida arrasa e contamina
O gás que embala o balancê

Vem meu amor feito louca
Que a vida tá curta
E eu quero muito mais
Mais que essa dor que arrebenta
A paixão violenta
Oitenta carnavais