domingo, 9 de novembro de 2008

Busca vida (Paralamas)

Vou sair pra ver o céu
Vou me perder entre as estrelas
Ver daonde nasce o sol
Como se guiam os cometas pelo espaço
E os meus passos, nunca mais serão iguais
Se for mais veloz que a luz, então escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra trás, perdida num planeta abandonado no espaço.
E volto sem olhar pra trás
No escuro do céu
Mais longe que o sol
Perdido num planeta abandonado
No espaço...
Ele ganhou dinheiro
Ele assinou contratos
E comprou um terno
Trocou o carro
E desaprendeu
A caminhar no céu
E foi o princípio do fim
Se for mais veloz que a luz
Então escapo da tristeza
Deixo toda a dor pra trás
Perdida num planeta abandonado
No espaço e volto sem olhar pra trás...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Oh, Sit Down

Obrigada, Hands! Por tudo e por me mostrar músicas como esta.





Oh Sit Down
(James)

I'll sing myself to sleep
A song from the darkest hour
Secrets I can't keep
Inside of the day
Swing from high to deep
Extremes of sweet and sour
Hope that God exists
I hope I pray

Drawn by the undertow
My life is out of control
I believe this wave will bear my weight
So let it flow

Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy

Now I'm relieved to hear
That you've been to some far out places
It's hard to carry on
When you feel all alone
Now I've swung back down again
It's worse than it was before
If I hadn't seen such riches
I could live with being poor
Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy

Those who feel the breath of sadness
Sit down next to me
Those who find they're touched by madness
Sit down next to me
Those who find themselves ridiculous
Sit down next to me
Love, in fear, in hate, in tears

Down
Down

Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy

Oh sit down
Sit down next to me
Sit down, down, down, down, down
In sympathy

Down

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Uma imagem vale mais...

Não há nada pior para ver como estamos do que uma foto 3 X 4. As fotos inteiras mostram se você está gordo ou magro, se é alto ou baixo, mas a foto 3 X 4 mostra mais que a imagem chapada num fundo monocromático.

Tirei uma foto 3 X 4 hoje. E imprimi uma foto antiga no mesmo formato. Dez anos de diferença podem mostrar as rugas que não tínhamos ou não percebíamos e a felicidade e a leveza que já tivemos e não reconhecemos mais em nós.

Me senti assim vendo as duas fotos, lado a lado, naquele ‘albinho’ que a gente ganha na loja. Antes leve, agora pesada. Antes nova, agora com rugas. Antes o sol, agora nuvem. Antes esperança, agora realidade.

E pegando as outras fotos, de muitas épocas, numa cronologia cheia de lacunas, vejo a mim mesma em várias fases, em muitos sonhos, em muitos projetos que ficaram pelo caminho.

Uma cicatriz no rosto que não existia nas imagens de antes. Cicatrizes que não aparecem, mas que vão se acumulando, foto a foto.

É assim que me sinto hoje: com um sorriso discreto no canto da boca; não a gargalhada aberta, que ri o corpo todo. A sobrancelha arqueada, numa expectativa; contra a testa sem rugas, corajosa. O cabelo brilhoso versus uma nova tonalidade. O tempo que passa, mesmo em três por quatro.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Em homenagem a Thiaguinho e ao Carnaval... :-)

Cala a boca menino
(Capiba)

Sempre ouvi dizer que numa mulher
Não se bate nem com uma flor
Loira ou morena, não importa a cor
Não se bate nem com uma flor.

Já se acabou o tempo
Que a mulher só dizia então:
- Chô galinha, cala a boca menino
- Ai, ai, não me dê mais não

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Bloco do Prazer (Moraes Moreira)

Pra libertar meu coração
Eu quero muito mais
Que o som da marcha lenta
Eu quero um novo balancê
E o bloco do prazer
Que a multidão comenta
Não quero oito e nem oitenta
Eu quero o bloco do prazer
E quem não vai querer?

Mamã mamãe eu quero sim
Quero ser mandarim
Cheirando gasolina
Na fina flor do meu jardim
Assim como carmim
Da boca das meninas
Que a vida arrasa e contamina
O gás que embala o balancê

Vem meu amor feito louca
Que a vida tá curta
E eu quero muito mais
Mais que essa dor que arrebenta
A paixão violenta
Oitenta carnavais

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mudei de Não Mudar

Um dos meus poetas preferidos é Carlos Nejar. Descobri por acaso há alguns anos, olhando numa livraria, meio que folheando todos os livros, e desde então, a cada dia me sinto mais encantada pelo "poeta da condição humana". Eu, ansiosa por muitas e tantas mudanças, posto aqui um dos meus poemas preferidos:


Mudei de Não Mudar
(Carlos Nejar)

Se perguntas onde fui,
devo dizer: o mar
Estive sempre ali,
mesmo estando a mudar.

Foi ali que escrevi
tua pele, teu suor.
Ao tempo, seus faróis.
Não mudei de mudar.

O que mudou em mim
Senão andar mudando
sem nunca mais mudar?
Quem mudará em mim,
se não sei mudar?

Ou me mudei. Sou outro,
Outra ventura, outra
virtude, cadência,
remota criatura.
Então que se apresente.
Seja tenaz, plausível
esse rosto invisível
e áspero

Mudei. Soprava o mar.
Mudei de não mudar.

De novo

Aqui estou eu de novo. Tentando manter um blog. Quer dizer, até agora estou apenas começando mais um blog - o segundo, ou o terceiro... Sempre com a promessa de que continuarei escrevendo, de que o manterei atualizado. Já faz tanto tempo que abandonei os outros, que confesso que não me lembrava mais dos endereços, nem das senhas... Então, resolvi começar tudo novo, tudo de novo...

O que me motivou dessa vez foi a vontade de escrever, de comentar coisas do dia-a-dia, de externar pensamentos e sentimentos que aos montes se multiplicam. De falar da vida, das coisas, do Brasil, do mundo...

Então, é isso. Um espaço para escrever, sem um tema determinado, mas com vários temas... "borboleteando" livre pela vida e por este mundo virtual.