segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Por mares nunca antes navegados

Viajar tem sempre aquela história de reconhecer ou estranhar coisas... Nunca tinha viajado para a Europa, apenas dentro do Brasil e para os Estados Unidos, mas em todos os lugares sempre há a sensação de afinidade ou de estranhamento.

A comida, o jeito de vestir, de falar, os costumes das pessoas nas ruas, o jeito de andar, se as pessoas são silenciosas ou falantes, simpáticas ou ranzinzas (nem sei se escreve assim esta palavra... eheheheheheheh).

Nesta viagem que fiz, passei rapidamente por Portugal. E por mais que todo mundo fale que os portugueses são mal humorados, me identifiquei bastante com eles. Achei engraçado o jeito explicado e literal de dizer e escrever as coisas, achei divertido eles serem reclamões e vi em cada lugar de Lisboa muita coisa do Brasil.

Foi como reconhecer os mercados, as construções, as ruas, os prestadores de serviços, as vendas, os objetos que encontramos em tantos lugares no Brasil. Em Recife, no Rio de Janeiro, em Salvador. Lisboa parece uma mistura do Rio com Salvador. E vendo aquelas esculturas de caravelas, aqueles aventureiros dos mares, me emocionei imaginando como eles se lançaram ao mar para descobrir novas terras, numa infraestrutura que não consigo imaginar mais precária.

Sou brasileira e tenho todo o pensamento crítico sobre a colonização e sobre tudo que ela trouxe de bom e de ruim para o país. Mas lá, em terras portuguesas, me emocionei muito por ver exatamente de onde viemos. Um pedaço grande, enorme, do que somos hoje vem de Portugal. Vem dos indígenas, vem dos negros, vem dos imigrantes de tantos países, mas vem muuuuuiiiittttooooo de Portugal. E olhe que só passei algumas horas em Lisboa, numa maratona de tentar conhecer o máximo de coisas, no mínimo de tempo.

Espero voltar e ver o restante do país. Acho que as emoções podem se triplicar adentrando as terras portuguesas. Dos lugares que visitei desta vez, trouxe ímãs de geladeira, camisetas, enfeites para a casa. De Portugal, além das bugigangas, eu troxe uma certa emoção e algumas histórias pra contar.

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