quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Dona de casa (quase!) desesperada

Se você me perguntar como se faz uma echarpe de cachemire, não vou saber explicar de forma alguma. No máximo, vou conseguir dizer que é feita de lã de lhamas de uma região perto da Índia e do Paquistão, que eu não tenho certeza se fica dentro do terrítório da China ou da Índia, ou mesmo se é um território independente. É isso?!

Agora, se a pergunta for como se destrói uma echarpe de cachemire, a resposta será imediata: - É só colocar na máquina de lavar!

Mas que idiota colocaria uma echarpe de cachemire na máquina de lavar? Você pode retrucar, obviamente.

Uma idiota solteira, moradora do Recife, sem tempo para lavar roupas??? Pra você é uma resposta aceitável?

Questão respondida, vamos à segunda ideia que me ocorreu quase agora, enquanto eu lamentava a cachemire perdida: máquinas de lavar deveriam conversar com a gente.

Sempre que fôssemos colocar roupas para lavar, poderíamos ouvir a nossa interlocutora avisar:

Moderadamente - não coloque essa roupa aqui.

Em sinal de alerta - esse tecido desbota!

Ríspida e simplesmente - não!!!

A tecnologia facilitaria muito a vida de quem usa o equipamento e reduziria drásticamente o prejuízo de várias cores misturadas num arco-íris de roupas girando dentro da água. Simples e eficiente.

No caso de hoje, evitaria a imagem de muitas plumas despedaçadas, como se eu tivese colocado uma galinha para lavar na máquina que gira.

Daria um filme também. A amizade sólida entre uma mulher e sua máquina de lavar. Diferente do "Eletrodoméstica" de Kléber Mendonça Filho, porque neste caso seria uma tragicomédia.

Meu lado otimista dirá: perdi a cachemire, mas ganhei várias roupas com um "tom" invernal!

Você responderá: é verão!!! Mínima de 30ºC na sombra, numa cidade quase na Linha do Equador.

Resta-me confessar a estupidez e mostrar a imagem do caos.

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