terça-feira, 12 de maio de 2015

Das coisas que observo por aqui

1. Se você não tem nenhuma restrição alimentar. Não é vegetariano, não tem intolerância a glúten ou a lactose, não tem alguma alergia, não pergunte do que é feita a comida. Prove, depois pergunte. Talvez você deixe de comer o “manjar dos deuses” por conta de uma curiosidade antecipada. :-) No meu caso, tenho restrição a carne de cavalo e outros animais estranhos (incluindo felinos, insetos e répteis, entre outros). No mais, não sendo nenhum desses itens no cardápio, eu evito perguntar do que é feito. Em Parma eu perguntei ao dono de uma Paninoteca o que era "Salame di Felino" e ele se acabou de rir. eheheheheheheh... "Não é de gato, não!!! É de uma cidade próxima daqui. O salame é feito lá!". Neste caso, achei melhor perguntar - mesmo sabendo que era pouco provável o que eu pensei quando li a placa anunciando a iguaria. kkkkkkkk...

2. Evite comer num lugar cheio de turistas. Jamais, em hipótese alguma, pague 6 euros por um sorvete, muito menos numa sorveteria que coloca os sorvetes em formato de montanha gelada – para atrair os desejos por açúcar dos visitantes incautos. Nas melhores sorveterias o “gelato” com dois sabores custa 2 ou 2,50 euros o copinho pequeno;  e o sorvete não fica numa montanha gelada, mas dentro de potes num frigorífico normal. Os sorvetes de montanha normalmente são caros e não são bons.

3. A pergunta certa não é “Onde é o melhor restaurante?”, muito menos “Qual é o melhor lugar para comer?”. A pergunta “correta” é “Onde você comeria com a sua família?”, ou “Onde os florentinos, milaneses, napolitanos, romanos, sicilianos comem?”. Se alguém te responder isso, sinta-se um privilegiado por encontrar os melhores restaurantes e sorveterias de qualquer lugar! Incluindo a Itália.

4. Antes de subir em qualquer torre, igreja, museu e afins pergunte como é a subida, quantos degraus tem, se é num lugar apertado, se tem janela no meio do caminho, se tem como sair na metade, se tem elevador. Se a subida for ao ar livre (um passeio, por exemplo), pergunte se precisa de sapato especial, se uma pessoa sedentária consegue fazer, se precisa de alguma coisa especial para completar a jornada. Não pague nenhuma entrada ou passeio sem essas questões bem claras! Se você é sedentário, tem problema de joelho, tem problemas cardíacos, é claustrofóbico, é gordo, tem muito frio, tem muito calor... vá por mim, pergunte! Depois que eu subi os 464 degraus do Duomo da Catedral de Santa Maria de Fiore, em Firenze, eu ainda subi outros mais de 300 na Torre do Palazzo Vecchio e sei lá mais quantos em outras muitas igrejas, posso falar por experiência própria: não vale a pena! Escolha uma subida e vá com fé! As outras vistas serão muito semelhantes.

5. Em Florença, para mim, o melhor lugar para ter uma vista da cidade do alto é Fiesole e pra lá você vai de ônibus (n. 7, passa na Piazza San Marco) e quando sai do ônibus já está bem alto. Eheheheh... No Duomo eu achei que ia enfartar e, a cada 5 minutos, que ia morrer sufocada. Os corredores são muito estreitos e pra ver o lado de fora antes de chegar lá no alto tem só umas minúsculas janelas! Em todas elas eu parei, olhei pra fora e mentalizei: “Estou ao ar livre, tem muito espaço, sou um pássaro!” – e isso não é brincadeira, Foi exatamente desse jeito! Quando cheguei lá em cima (tudo bem, a vista é muito bonita!), eu só pensava que ia ter que descer os 464 degraus!!! E no dia seguinte meus joelhos estavam esgotados! Porque se a subida é difícil, a descida é o grande desafio! Enfim, se tem uma escada enorme num edifício qualquer, a possibilidade de eu “dar por visto” agora é grande. \o/

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