sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Granada é diversa e encantadora

A Andaluzia não é Pernambuco e Granada não é o Recife. Até agora eu falei só do que aproxima, mas o encantamento também está no que é diferente.

Se durante o dia, nesta época do ano, faz 40 graus e mais; à noite a temperatura cai para os vinte e poucos e as pessoas vão pras ruas. Granada se ilumina, ganha uma vida diferente, ganha música, sons de tamancos e castanholas.

É de tirar o fôlego! Gente caminhando por todos os lados. Bares, restaurantes, docerias e sorveterias abertos até a madrugada. Um clima gitano e também árabe. É a mesma cidade, mas é diferente.

Ontem fui a uma apresentação de flamenco, música gitana e recital de poesias num teatro ao ar livre montado apenas no verão nos jardins de Alhambra. Muito lindo! E a lua ainda estava cheia!

Fiquei com a impressão de que é algo como o Balé Popular deles (pra turista ver). Mas esqueça a improvisação do Teatro Beberibe! Aqui o negócio é sofisticado: som, figurinos e iluminação perfeitos.

O corpo de bailarinos belíssimo. Aquelas músicas que falam do amor apaixonado; as cores; os violões...

As mulheres lindas, com as saias de babado, os xales bordados; vestidas da cabeça aos pés, mas com uma sensualidade que suponho que uma mulher completamente despida jamais terá.

A sensualidade da curva do corpo, do rodar da saia, do movimento das mãos, da batida dos tamancos.

E os homens também tão sensuais. A bravura do touro e a ousadia do toureiro tão bem representados; uma coisa masculina, firme. (um me joga na parede e me chama de lagartixa! :-))

Acabou depois da meia-noite e muita gente volta pra casa caminhando. Eu voltei também e pude ver a cidade ainda viva, acordada, iluminada. Linda!


* Diário de uma viagem / agosto-2013 / publicado no facebook (23/08/2013)

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