domingo, 25 de agosto de 2013

Madri e o encantamento de uma cidade que não para

Antes desta viagem, toda vez que eu dizia que havia estado em Madri e considerava uma cidade fantástica (apesar do pouco tempo que fiquei da última vez), alguém me dizia duas coisas diferentes: 1. "É porque você não conhece Barcelona!" 2. "Quem gosta de Madri não gosta de Barcelona e quem gosta de Barcelona não gosta de Madri".

Não é que eu não tenha gostado de Barcelona (sou turista e não preciso assumir as rixas locais); eu gostei de Barcelona. Mas amar, acho que só é possível uma delas. E na Espanha a minha cidade é Madri. É tudo de bom! É linda, charmosa, moderna, com programações variadas, pessoas na rua o tempo inteiro (a cidade chama pra rua, pra caminhar, pra se embrenhar). É cultural, é moda, é colorida, é quente, mesmo quando está frio. Eu amo Madri! Meu amor por Madri só foi superado pelo meu encantamento e paixão por Roma, depois desta viagem. As duas agora ocupam espaço enorme no meu coração.

Cheguei ontem depois de uma péssima noite de sono e uma viagem de madrugada. E fui dormir pra aproveitar a cidade no fim da tarde e noite. Caminhei daqui onde estou (perto da Plaza de España) até o Museu do Prado, seguindo o caminho pela Gran Vía, e depois voltei pelo meio, passando pelas várias praças do centro de Madri, até chegar na Porta do Sol e seguir de volta pra cá. Madri é estonteante! Cheguei em casa perto da meia-noite e a cidade apenas estava começando mais um turno de gente na rua.

Madri é uma daquelas cidades que você entra numa portinha no meio da rua e dentro descobre o mundo! Fui na Praça das Cibeles, num centro cultural que tem bem em frente, com um terraço panorâmico, e fui descendo e vendo as várias exposições em cartaz no lugar. Fantástico! Para a temporada de verão eles organizaram um debate nos vários andares sobre os caminhos das cidades. Fotografia, filmes, quadrinhos, artes plásticas, arquitetura e tecnologias. Em cada andar uma exposição diferente, seguindo uma temática em torno deste debate.

Vi um filme muito bonito sobre uma situação de seca numa cidade da Austrália (ficção, mas poderia acontecer em qualquer lugar; do mesmo jeito que estamos vivendo a seca no Sertão Nordestino). A história fala de crianças que resolvem juntar suas lágrimas para fazer uma espécie de ritual da chuva. Tocante.

Hoje vou sair cedo e tentar uma vaga no Museu do Prado.  Da última vez que estive aqui foi a trabalho, com um tempo curtíssimo livre, e por sugestão do excelente guia Aquiles Lopes, eu, Thiago Soares e Cinthya Leite conhecemos o belo museu Reina Sofia. Desta vez vou tentar ver o máximo do Prado (porque já me adiantaram que é feito o Louvre; não dá pra conhecer em apenas um dia).


* Diário de uma viagem / agosto-2013 / publicado no facebook (25/08/2013)

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